Relação entre Periodontite e Lúpus Eritematoso Sistêmico
No Brasil, as estimativas indicam que existam cerca de 65.000 pessoas com lúpus, sendo a maioria mulheres. Acredita-se assim que uma a cada 1.700 mulheres no Brasil tenha a doença (Site da Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2019).
Muitos dos pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico apresentam pior saúde bucal, com uma ampla gama de manifestações, incluindo ulcerações eritematosas da mucosa oral/gengiva/palato, queilite angular, glossite, mucosite, atraso na erupção dos dentes decíduos ou permanentes, Síndrome de Sjögren e doenças periodontais (Hussain et al., 2022).
Uma recente revisão sistemática (Hussain et al., 2022) mostrou que O diagnóstico de Periodontite foi associado a maiores escores de atividade de Lúpus Eritematoso Sistêmico (SLEDAI).
Pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico tiveram maiores chances de diagnóstico de Periodontite. É importante monitorar o periodonto de pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico, porque esses pacientes que tinham Periodontite tendiam a apresentar inflamação periodontal mínima, mas com maior perda de inserção periodontal. Apesar dos resultados controversos, os dados disponíveis sugerem uma possível associação bidirecional entre Periodontite e Lúpus Eritematoso Sistêmico, que deve ser considerada no manejo de pacientes com Lúpus.
Fonte: Hussain et al. Periodontitis and Systemic Lupus Erythematosus: A systematic review and meta-analysis. J Periodontal Res. 2022